A partir da conversa e da consulta a grupos de defesa animal – especialmente durante o I Congresso Brasileiro de Bioética e Direito dos Animais, promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no início deste mês – quando se discutiu a problemática da defesa animal no Direito brasileiro, chegou-se a conclusão de que o investimento em meios de comunicação que informem a população sobre a responsabilidade que todos têm em relação aos pombos, e às diversas espécies animais que compartilham o espaço urbano com o homem, é o caminho mais interessante.
“Antes de pensar em qualquer meio que imponha algo à população, é fundamental que a sociedade tenha acesso à informação e, a partir disso, tome suas própria iniciativas acerca da responsabilidade que todos temos com esses animais”, disse Galdino que decidiu investir – ao lado do Centro de Zoonoses – em meios que informem a população, como cartazes e panfletos.
De acordo com a bióloga Cláudia Staudacher, do Centro de Zoonoses, é preciso que haja uma conscientização do impacto negativo que a ação de alimentar os pombos traz, tanto para o homem quanto para o animal. “Você não está causando um bem para o animal, está escravizando esses bichos, eles vivem em uma sub-condição de vida”, comentou.
Cláudia ainda falou sobre a necessidade de que se desconstrua a ideia de que ao não se alimentar os pombos eles estariam condenados à morte por fome. “Isso não é verdade. Esses animais, que são originalmente granívoros, comem de tudo na cidade. Se não houver a disponibilidade de alimento para eles na cidade, eles vão naturalmente migrar para seus locais de origem”, explicou a bióloga.
O gabinete do vereador Professor Galdino está trabalhando em parceria com o Centro de Zoonoses para a elaboração de projetos voltados à questão dos animais que compõem a fauna urbana e pretende destinar recursos, de suas emendas orçamentárias, ao custeio de materiais que informem a população sobre a problemática dos pombos na cidade de Curitiba.
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