Professor Galdino

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Os porquês de uma Delegacia de Proteção Animal


Recebi várias manifestações de apoio ao pedido de instalação de uma Delegacia de Proteção Animal em Curitiba, entregue ao governador Beto Richa e ao presidente da Assembléia Legislativa, Valdir Rossoni. Ontem, no entanto, me surpreendi com a manifestação de uma jornalista, que considerou um possível investimento, em uma delegacia especializada para a proteção animal, como algo oportunista e demagógico e denominou a ação como fuga do trabalho do parlamentar.

Tal visão antropocêntrica, a meu ver, não deve ser levada em conta, uma vez que compreendo que a proteção animal é uma ação de respeito à vida. E respeito à vida é uma das bandeiras do meu trabalho. Justifico a validade de uma delegacia especializada pelos números que temos na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente que, atualmente, se desdobra para atender as demandas de todo o Paraná.

De acordo com o superintendente da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, Ivan José de Souza, a delegacia recebe ligações e emails “a todo minuto” e registra Boletins de Ocorrência, sobre casos de maus tratos a animais, “diariamente”. Caso houvesse a possibilidade de delegar o trabalho a uma delegacia especializada, a atual Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente poderia focar-se nas centenas de denúncias que recebe todos os meses de crimes contra o meio ambiente – como corte de árvores sem autorização, desmatamento, assoreamento de rios, construções em áreas de nascentes.

Outra debilidade atualmente encontrada na Delegacia, que é natural uma vez que a demanda de trabalho é extrema, é a impossibilidade de encaminhar os animais vítimas de agressões a um abrigo adequado. O que ocorre hoje, em pequena escala, é uma parceria com algumas ONGs (Organização Não Governamental) que atendem – na medida do possível – a demanda de animais desabrigados.

O que a administradora e presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Soraya Simon, relatou é que a ONG consegue socorrer, por meios próprios, casos mais emergenciais. Como ela explicou: “A gente se vira, mas o atendimento acaba tendo uma demora pelo pouco número de funcionários disponíveis”.

De qualquer modo, independentemente das considerações pessoais da jornalista, ou de qualquer cidadão que como ela tem o direito de manifestar suas opiniões e expectativas quanto ao trabalho do vereador de sua cidade, está nas mãos de nossa Assembleia Legislativa e do governador do Estado a decisão sobre a possibilidade dessa delegacia especializada. O meu trabalho, como parlamentar, é levar as demandas da população aos responsáveis e fazer valer a voz dos que represento.

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