O
vereador Professor Galdino (PSDB) reuniu-se nesta quinta-feira com o superintendente do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Ricardo Antônio de Almeida Bindo, e com outros representantes da entidade para discutir a
integração da bicicleta no projeto do metrô de Curitiba e no planejamento urbano da cidade.
“É preciso certificar desde já que o metrô e qualquer outra obra de mobilidade urbana da cidade integrem a bicicleta como meio de transporte inteligente, eficiente e barato”, explicou o vereador.
De acordo com o coordenador do projeto do metrô, Reginaldo Reinert, todo o planejamento do metrô inclui a bicicleta, inclusive com acesso aos vagões. A proposta do vereador Professor Galdino, de disponibilizar um vagão para o transporte de bicicletas de usuários – a exemplo do que já acontece em São Paulo – no entanto, não havia sido integrada ao projeto ainda. Para Reinert, é uma ideia interessante e que pode ser aplicada, de acordo com a demanda de usuários do sistema.
Sobre a rede de ciclovias da cidade, a coordenadora de manutenção viária, Maria Miranda, contou que há, no momento, uma grande obra sendo executada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, que contará com ciclovia em toda a sua extensão até o final do ano. Outras obras de inclusão de ciclovias na malha viária da cidade já estão prontas para execução, o grande entrave, no entanto, seria o custo de aplicação, o que pode arrastar a conclusão dos planos de investimentos do IPPUC na área em até cinco anos.
A malha cicloviária de Curitiba é antiga e por isso está ultrapassada, como explicou Bindo. Ela precisa de investimentos para melhoria e adaptação, já que foi instalada há 30 anos quando não havia padronizações do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito). Grande parte dela também sofre com as ações do tempo e da natureza, como o inchaço causado por raízes e erosões provocadas pela chuva. Da mesma forma, Curitiba ainda carece de bicicletários que ofereçam praticidade e segurança aos ciclistas, mas o IPPUC ainda não tem um modelo definido para aplicação, alguns modelos estão sendo testados na cidade, mas é necessário ainda que se desenvolva uma forma mais prática e com menos custos ao município. Todos esses problemas, no entanto, poderiam ser amenizados se houvesse uma consciência dos motoristas sobre a necessidade de compartilhar o uso das ruas. Se as normas de trânsito, que preveem inclusive a distância mínima de 1,5 metros entre o carro e a bicicleta fossem respeitadas, não haveria tanta dificuldade no uso da bicicleta.
“Você não vê um motorista buzinando para um carrinheiro, mas vê buzinando para um ciclista. Isso acontece porque já se compreendeu que o carrinheiro está prestando um serviço à cidade, já o ciclista é visto como alguém com postura de rebeldia no trânsito”, comenta Reinert. Para ele, enquanto não houver a consciência de que a cidade é de todos, não haverá soluções de transporte urbano que sejam suficientemente eficientes. Para isso, o vereador Professor Galdino está planejando uma campanha de conscientização da população sobre o respeito ao ciclista e a viabilidade do uso da bicicleta.
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